sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sogras no geral, a minha em particular

Há muitos tipos de sogras, as que nasceram para infernizar a vida ás noras, as que até são boas pessoas até o casal decidir fazer vida conjunta e depois é o descalabro, as que são boas pessoas, as que são indiferentes, as que gostam de dar palpites em tudo, há todo um rol de possibilidades que na realidade nem nos deixam escolher. Escolhemos os filhos e seja o que Deus quiser.
A mim tocou-me uma simpática, que, até ver gosta de mim, que já despejou o filho de casa estando toda a roupa dele já na casa nova e sabe Deus quando vamos para la.
Temos uma relação relativamente boa, não havendo no entanto muita confiança de parte a parte e muito por minha causa que gosto de manter as devidas distancias. Sou capaz de estar meses sem a ver, mesmo ela morando perto, e vivemos bem assim. Assim não há abusos e previnem-se intromissões. Conheço sogras que entram na casa dos filhos sem bater a porta, que mexem em tudo sem que lhes seja pedido e isso para mim era o mesmo que ter um colapso mortal.
No entanto com isto da casa as coisas estão a mudar um bocadinho de figura. Não querendo parecer mal agradecida, porque se há pessoas que ajudaram essas pessoas foram os meus sogros, há situações em que preferia não ter de dar explicações para todas as minhas sugestões e ideias. Aquando a pintura da casa, perguntaram-me de que cor queria as paredes. Respondi prontamente brancas, com excepção para a da sala que podia ficar como estava. Concordaram comigo, não sem antes tentarem demover-me que "begezinho" é que era, mas mantive-me firme. Quando vi a tinta ia-me dando um fanico, um branco rosado que, não sendo feio e que até gostei muito, não era o que eu queria.
Depois foram os moveis da biblioteca e a arrumação dos livros. Eu comprei duas estantes para por os livros, gosto de ver as prateleiras cheias. Pois que não, a senhora queria que se pusessem quatro ou cinco livros "mais bonitos" a frente em cada uma e o restante espaço era preenchido com enfeites. Disse logo que não, porque por enquanto só la estavam os do M. mas ainda faltavam todos os meus, dai as duas estantes.
E depois foram os naperons. De renda... e eu ate gosto de renda, só que não gosto de naperons e não se usa. E assim de repente consigo ver naperons em muitos lados menos nos meus sofás e nos meus moveis. Disse lhe logo que naperons eram bonitos em quadros nas  paredes não nos meus moveis.
Juro que não faço por mal. Mas quem la vai viver sou eu e o M. e quero que as coisas estejam ao nosso gosto, mais ao meu porque ele é um influenciável.
Apesar disto tudo ela também tem muito bom gosto e deu-me duas capas de edredão e lençóis bem catitas da zara home, que o M. achou feios de morte mas que eu achei muito bonitos. Mas também depois de tudo isto já não tinha coragem de a contrariar.

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