quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ponto da minha situação

A minha mãe já está em casa. Assinou um termo de responsabilidade e veio para casa. De facto, estar numa depressão profunda não é o mesmo que ser esquizofrénica, mas as condições de internamento são exactamente as mesmas para as duas situações, pelo que a realidade com que nos deparámos quando a fomos visitar fez-nos temer pela sua (ainda que) pouca saúde mental. No entanto, se era para o bem dela nada opusemos a que lá ficasse. Em meu entender era preferível internarem-na na ala geral e ter o tratamento adequado ao problema dela, sempre é uma ala mais calma, com maior interacção com o exterior. Na ala psiquiátrica estava confinada, como os doentes esquizofrénicos, a um quarto com grades, sem telemóvel, uma chamada por dia e visitas controladas caso o médico assim o entendesse.
Agora recupera aos poucos em casa e é esperar pela consulta de acompanhamento. Foi o abanão que ela precisava para perceber que a vida segue e os problemas tem de ser resolvidos de cabeça erguida e sorriso nos lábios, por mais que isso custe na maior parte dos dias. Menos dez quilos de preocupações em cima dos meus ombros. Agora é só o peso de ter uma casa ao meu encargo, com todas as tarefas que isso implica. Isso e os moveis da casa nova que chegam hoje. E a partir de hoje é dar conta da arrumação de duas casas e vamos ver se não fico eu capaz de ir para a ala psiquiátrica.

1 comentário:

ádescávir disse...

Muita força. Pode ser difícil, mas não é impossível de ultrapassar :)Beijinho