domingo, 27 de abril de 2014

Ao longo dos anos de relação com o M. sempre foi ponto assente entre nós que o casamento era o próximo passo. Quando eu acabasse o curso, depois quando ele entrasse para a Força Aérea, depois quando a irmã casasse, depois quando acabasse o tempo dele em Beja, depois quando eu arranjasse emprego, depois... depois... sempre depois de alguma coisa. Para ele nunca foi uma coisa que fizesse muita diferença, mas para mim faz(ia) toda a diferença, de modos que sempre bati o pé quando ele falava em apenas juntarmos as nossas coisas, assim sem mais despesas. Para mim impensável, porque não me sentia parte dele e da família, porque no papel tudo esclarecido é bem melhor. E ele acusava-me de apenas querer uma festa, de apenas pensar num vestido e numa desculpa para comprar uns Louboutin. E eu voltava a fazer finca pé que não era nada disso, que sentia necessidade de ir lá, perante Deus prestar contas e dizer sim senhor, é com ele que quero passar o resto dos meus dias, que só depois disso e do papel assinado é que me sentia parte dele. Marcámos, mentalmente, data... Setembro era o mês escolhido.
O tempo foi passando e por razões várias cheguei a conclusão que era impossível, monetariamente, fazer o que queria. Não que quisesse um casamento de luxo, nem pensar gastar 20.000 euros num dia, mas mesmo para uma coisinha pequenina, ao nosso jeito, mas com algum glamour não dava, não por ele, mas por mim.
Começámos então a falar que seria melhor irmos arranjando as coisas com calma, a casa, os electrodomésticos, os moveis, etc. Mas de repente as coisas ganharam outras proporções. De um momento para o outro já andávamos em pinturas e ontem já arrumei a loiça toda no armário. Os senhores já lá foram por a máquina de lavar roupa e a placa do fogão, que já estão a trabalhar. Os domingos são passados em lojas de moveis e a perceber que o mais fácil já está feito. Agora vem a parte pior, a parte de decorar, de conjugar gostos. É muito difícil gostar do que ele gosta, e ele gostar do que eu gosto e quando gostamos os dois... é caro!
A casa, uma casa térrea, que era dos pais dele, que vivem agora numa vivenda.
Hoje demos mais uma passo... partilhámos chaves!

2 comentários:

Liliana Pereira disse...

D* como eu te percebo... o casamento por aqui também sempre foi um sonho. Até hoje não se realizou não por mim mas por ele que não achas necessário, muito menos se for religioso. :(

Estamos a viver juntos há 2 anos e tal, temos um bebé de 1 ano e ainda não perdi a esperança do casamento. :)

E aproveita essa fase da decoração é deslumbrante! E sabe tão bem! :)

beijinho!

Eu tou escondida disse...

Percebo-te perfeitamente. Passei pelo mesmo... formos morar juntos (a casa ficou pronta), ao fim de 4 meses ele ficou efectivo no trabalho e só depois disso marcámos o casamento (na cabeça dele só conseguia dar esse passo depois de ter segurança no trabalho). Ai a minha vida!!!! Que diferença é que isso faz??? Casámos 2 meses depois, que eu já estava prestes a passar-me dos carretos... Vais ver que contigo, também tudo se irá desbloquear rapidamente. Boa sorte!