terça-feira, 27 de maio de 2014

A minha veia de distraida...

A respeito do post anterior, lembrei-me que não foi a primeira nem a segunda vez que me aconteceu "perder" um anel.
Quando acabei o meu curso, ou melhor, quando queimei as fitas os meus pais fizeram todo o gosto em me fazer uma festa que parecia um casamento e como prenda ofereceram-me o anel de curso, em ouro branco. Uma pequena fortuna desnecessária, mas que eles entenderam por bem gastar. Entretanto comecei a trabalhar em part-time num supermercado e um belo dia estava eu a registar as compras de uma senhora dei por falta do bendito anel. Comecei a ver  a minha vida a andar para trás, a imaginar o dinheiro que aquilo tinha custado e que eu tinha perdido sem dar por isso e pior, que estas coisas puxam-me logo ao sentimento, como é que ia dizer aos meus pais que o anel que eles me tinham dado com tanto gosto tinha ido no saco de compras de alguém. Sem pensar duas vezes fechei a caixa e pedi calmamente a senhora que me deixasse ver os sacos dela. Expliquei o porquê e a senhora foi impecável. Já eu estava a perder a esperança lá estava ele, a olhar para mim dentro do saco do leitão que a senhora levava para o lanche. Tudo correu bem dessa vez.
Outra vez com o mesmo anel estive dois meses sem saber dele. Não sabia se o tinha perdido no campo de futebol onde o meu irmão jogava ou se tinha sido em casa. Revoltei tudo em casa, debaixo dos moveis, fui ao campo de futebol e andei la de joelhos a procura. Chorei baba e ranho mas não havia nada a fazer. Um belo dia andava eu a varrer a cozinha, o anel apareceu debaixo do móvel. Não mais o larguei até o M. me ter oferecido este que também já me pregou uma partida.
Concluo com isto tudo que ou eu sou muito distraída ou os anéis foram inventados para me moer o juízo.

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